21 abril 2008

General Antônio Tibúrcio

ANTÔNIO TIBÚRCIO FERREIRA DE SOUZA, nasceu em 11 de agosto de 1837 e faleceu em 28 de março de 1885, filho de Francisco Ferreira de Souza e Margarida Ferreira de Souza.

Aos 14 anos, sentou praça, como voluntário, no "Meio Batalhão de Infantaria", com sede na Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.

Era um velho atrevido, de outra geração, mas fiel ao Imperador. Depois do término da guerra ele se tornou General.

Exerceu altos cargos militares, começando como Praça no Batalhão de Linha em Fortaleza, por volta de 1851 fora ao Rio de Janeiro para a Corte, onde foi incorporado ao 1º Batalhão de Artilharia.

Demonstrando inclinação para as ciências exatas, foi posteriormente nomeado professor da referida Escola, onde lecionou as disciplinas Física e Química.

Seria posteriormente dispensado do cargo de professor para seguir para o Paraguai, saindo-se vitorioso nas batalhas empreendidas, recebendo várias condecorações.

Com eclosão da Guerra da Tríplice Aliança, partiu para frente como 1º Tenente de Artilharia.

Combateu, também, durante alguns meses, na Engenharia e depois se transferiu para a Infantaria.

No Comando do 16º Batahão de Infantaria e, mais tarde, do Batalhão de Voluntários da Pátria Cearense, consolidou a fama de um dos mais valorosos e bravos líderes em combate, tendo conquistado a promoção a major por bravura diante do inimigo.

No pós-guerra exerceu várias comissões de destaque, como o de Inspetor das Fortificações do Amazonas e do Comando da Escola de Infantaria.

Em 1869, com 32 anos passou a comandar o 26º Batalhão de Voluntários Cearenses.

Participou de várias batalhas, entre elas: Corrientes, Riachuelo, Ilha do Cabrito, Tuyuti, Peripeuy, Rojas, Estero, Ballaço, Caraguatay, Campo Grande, etc.

Foi condecorado com a Medalha da Campanha Oriental, a Ordem do Cavalheiro da Rosa e foi nomeado Oficial do Cruzeiro.

No Pós-Guerra exerceu várias comissões de destaque,como o de Inspetor das Fortificações do Amazonas e o Comando da Escola de Infantaria e Cavalaria, em Porto Alegre.

A Estátua do General Tibúrcio existente numa das praças de sua terra natal. Foi inaugurada a 11 de agosto de 1937, por ocaisão das grandes solenidades com que a cidade serrana no norte do Estado comemorou a passagem do 1º centenário de nascimento de seu ilustre filho. No pedestal, vê-se o escultor que executou o trabalho, professor Agostinho Balmés Odísio.

Foi promovido a brigadeiro (atual general-de-brigada) com 43 anos.

Intransigente defensor do abolicionismo tentou sem sucesso, eleger-se senador pelo Ceará.

Era contrário a todo tipo de servidão humana.

A Cópia da tela existente no Quartel da Força Pública do Estado do Ceará, reproduzida pelo pintor cearense Gerson Farias original existente na Prefeitura de Fortaleza, do pincel de Vitor Meireles. Representa Tibúrcio, então capitão de artilharia, num assalto ao Forte de Itapirú (Campanha do Paraguai)a 10 de abril de 1866.

Era possuidor de ampla cultura e pendor para as letras.

A 28 de março de 1885, Tibúrcio deixou de existir.

Morreu em Fortaleza, na capital da Província que lhe serviu de berço, justamente a que, trinta e quatro anos atrás, o receber jovem mancebo ainda, com o indiferentismo natural à humildade de seu nome, longe de supor que, alguns lustros mais tarde, havia de honrar a terra que ele queria demais e que nunca esqueceu.

O seu enterro foi um dos mais concorridos que, na época, assistiu à cidade de Fortaleza. Um imenso concurso de povo acompanhou o féretro até o cemitério, como sinal de pofunda mágua que causava a perda do ilustre cearense que era uma afirmação gloriosa do patriotismo nacional.

General Antônio Tibúrcio Ferreira de Sousa - Tela existente no Museu Histórico do Estado do Ceará de autoria do artista cearense J. Carvalho.

Os oficiais do 11º Batalhão de infantaria, então de parada na capital da antiga Província, e outros militares, amigos do general Tibúrcio, carregaram o caixão até o campo santo.

Aí oraram, com profundo sentimento e emoção, os srs. capitão Carlos de Miranda Santos, acadêmico Abel Garcia e alferes aluno Barbosa Lima, que lembraram a sua vida militar, cheia de nobres sentimentos pelos seus atos de bravura.

Por iniciativa da Escola Preparatória de Fortaleza foi trasnlado os restos mortais do General Tibúrcio do Cemitério São João Batista para a praça que lhe conserva o nome, ali ao lado do antigo Palácio do Governo.

Em 1º de janeiro de 1898, Viçosa do Ceará ergueu-lhe uma estátua em honra ao filho querido.

No dia 11 de agosto de 1837, data de seu centenário, Viçosa reinaugurou o monumento de General Tibúrcio.

Condecorações

Medalha de Prata de Corrientes - Foi-lhe conferida essa medalha, comemorativa do combate da cidade de Corrientes, de 25 de maio de 1865, pelo Congresso Argentino.

Meedalha de Prata de Riachuelo - Foi condecorado com a medalha de prata comemorativa da batalha naval de Riachuelo, por ter tomado parte nesse feito, destacado no vapor "Beberibe", passando-se depois para o "Belmonte"

Cavalheiro da Imperial Ordem do Cruzeiro - A 3 de janeiro de 1866, foi-lhe conferido o Grau de Cavalheiro da Ordem Imperial do Cruzeiro, por se haver distinguido no ataque de Corrientes, a 25 de maio do ano anterior

Cavaleiro da Ordem da Rosa - Por decreto de 27 de junho de 1866, foi-lhe conferido o Grau de Cavaleiro da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados na defesa da Ilha Cabrita, a 10 de abril.

Oficial da Ordem da Rosa - Por decreto de 17 de agosto de 1866, foi lhe conferido o Grau de Oficial da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados em campanha, de 16 e 17 e 2 e 24 de maio.

Comendador da Ordem da Rosa - Por decreto de 13 de abril de 1867, foi-lhe conferido o Grau de Comendador da Ordem da Rosa pelos serviços prestados nos combates de 16 a 18 de julho de 1866.

Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro - Por decreto de 11 de abril de 1868, foi-lhe conferido o Grau de Oficial da Ordem do Cruzeiro pelos serviços prestados no combate de Estabelecimento.

Medalha de Mérito Militar Foi-lhe conferido o uso da medalha de Mérito Militar, pelos combates de 12 a 18 de agosto de 1869.

Dignatário da Ordem da Rosa - Por decreto de 6 de setembro de 1870, fi-lhe conferido o Grau de dignatário da Ordem da Rosa, pelos serviços prestados nos combates de 2, 4, 8 de maio de 1869, das Cordilheiras.

Medalha de Prata da Campanha do Uruguai - A 15 de dezembro de 1869, foi público ter-lhe sido conferida a medalha de prata da Campanha do Uruguai, em atenção aos relevantes serviços prestados na mesma campanha.

Medalha Geral da Capmpanha do Paraguai - A 24 de outubro de 1871, foi público ter-lhe sido conferida a medalha Geral da Campanha do Paraguai com o passador de ouro e o número quatro indicativo dos anos em que serviu no exército em operações.

Distinção

Por portaria do Ministro da Guerra de 1 de julho de 1879, foi-lhe permitido o uso de uma espada de honra que lhe foi oferecida pela Escola de Tiro de Campo Grande.

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